terça-feira, 24 de novembro de 2009

Holmes. Sherlock Holmes.

Devido ao meu fascínio pelo mundo detetivesco (sim, a palavra existe), poderia aqui fazer comentários sobre os detetives populares literários que fizeram parte da minha infância, adolescência e, espero, velhice, como o belga baixinho, careca e bigodudo, Hercule Poirot, a velhinha esperta Miss Marple (ambos da Agatha Christie), o francês e precursor Auguste Dupin (do Edgar Allan Poe), entre outros.

Porém, dedicarei o espaço a um dos mais geniais detetives já criado: Sherlock Holmes. Para quem não o conhece, segue algumas informações básicas: Sherlock Holmes não gosta de campo e nem de praia. Age sempre com a razão e nunca, nunca!, com a emoção. Não gosta de esportes, mas como toda regra tem exceção, tem grande conhecimento em esgrima e boxe.

Combina lógica dedutiva com métodos científicos, sendo um grandessíssimo observador. Morou, durante um período, com Watson. Doutor Watson, que é seu parceiro nos mistérios e casos policiais a serem solucionados. Holmes é capaz de olhar para você durante alguns minutos e dizer sua profissão ou o que fez durante o dia. Isso quando você deixar pequenos vestígios, ou seja, sempre.

Para quem quiser começar a ler as obras de Sir Arthur Conan Doyle, comece por “Um estudo em vermelho”, onde Holmes apareceu pela primeira vez em 1887. O personagem é fictício, porém muitos acreditaram que o detetive realmente existiu, vivendo na Rua Baker Street, como nos livros. Cartas, muitas cartas, foram enviadas, por fãs, ao endereço, e acredito que ainda o são.

Sherlock Holmes é um dos personagens literários que mais estudos tiveram na história. Estudos, referências em palavras cruzadas, adaptações, representações teatrais, e por aí vai.

Certa vez, Holmes foi visitar seu médico e parceiro Watson e, depois de dois minutinhos de prosa, disse:

- Percebo que você não esteve bem de saúde, recentemente. Esses resfriados de verão são um problema!

- Realmente, fiquei confinado em casa por três dias, na semana passada, devido a um forte resfriado. Pensei que minha aparência já estava totalmente recuperada.

- Está mesmo. Você parece estar muito bem, diz Sherlock.

- Então como sabe?

- Meu caro amigo, já conhece meus métodos.

- Deduziu, então?

- Claro que sim.

- Como?

- Observando seus chinelos.

Ahá! Chinelos, gente. Sherlock Holmes deduziu que o amigo estivera doente devido à avaliação minuciosa que fez dos seus chinelos. Eis a explicação do detetive:

“Seus chinelos são novos. Você não os tem há mais do que algumas semanas. O solado, que nesse momento está virado para mim, apresenta-se levemente queimado. Por um minuto pensei que eles se molharam e foram queimados ao serem postos para secar. No entanto, do lado interno há um pedacinho de papel com a marca da loja onde comprou. A umidade teria removido essa etiqueta. Portanto, você ficou alguns dias com os pés estendidos para a lareira, o que ninguém faria, num mês quente como junho, se estivesse com a saúde perfeita”.

Elementar, meus caros leitores. Como é que não deduziram isso antes? Por essa razão, e outras inúmeras, é que Sherlock Holmes humilha o cabeção.


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