Vamos às frases. Tem frases curtas que dizem tudo e, se quiserem colocar mais palavras para aumentar, estraga. Perde o efeito e a beleza. Tem as longas e entendíveis, porém tem as longas que parecem um festival de palavras estranhas e bizarras, mas que mesmo não entendendo o significado, a gente gosta!
Tem a breve frase dita em 1986, quando eu ainda era uma recém-nascida moribunda, proferida pelo personagem de Sylvester Stallone, no filme Stallone Cobra: “Você é um cocô e eu vou matar você!”. Olha que precisão! Na verdade a frase original é: “Você é um imaturo, você é um cocô e eu vou matar você!”. Mas do imaturo nem precisava... Quem é que quer saber de imaturidade quando se é chamado de cocô. Eu não lembro, mas dizem por aí que no mesmo filme ele disse: “Com louco eu não negocio, eu mato”. É por isso que eu friso que frases como essas são perfeitas desse jeito: sucintas e diretas.
Continuando nas curtas, porém de impacto imediato, tem aquela que fez parte da infância e dá uma saudade do diabo: “Oi, eu sou o Chucky, quer brincar?”. Morria de medo! Chucky, seu canastrão, não conseguia dormir direito por sua causa. Uma inesquecível, também, de qualquer infância que se preze é aquela da garotinha loira e sem rodeios: “Meninos têm pênis e meninas têm vagina”. Era uma alegria só quando passava “Um tira no jardim de infância” na Sessão da Tarde.
Tem as fofas e ingênuas, também. Forrest Gump é perito nessas, como aquela assim “Minha mãe sempre diz: a vida é como uma caixa de chocolate. Você nunca sabe o que vai encontrar”. Ou: “Minha mãe sempre diz: idiota é aquele que faz idiotices”.
Tem aquelas frases que precisam ser lidas aqui em inglês, senão não tem graça alguma. Devido à dificuldade, uma caixa inteira de Ferrero Rocher para quem decifrar de qual filme faz parte essas duas frases: “Why so serious?” e “Let’s put a smile on that face”. Difícil, não?
Frases desesperadoramente tristes, como a do Homem Elefante: “Eu não sou um animal! Eu sou um ser humano!”. Só de pensar nesse filme, dá uma vontade tremenda de chorar. Derramei algumas lágrimas com o John Merrick, coitado... Tenho uma afeição por esse personagem, que chega a ser comovente.
Tem aquela frase que desperta, em todos nós, um sentimento de cumplicidade. Praticamente todo mundo já ouviu, falou ou pelo menos pensou: “Cara, cadê meu carro?” (título de um filme). Pode ter sido por amnésia ou, o que é mais provável, embriaguez.
As de humor, então! Tem algumas ótimas, como a do filme Noivo Neurótica, Noiva Nervosa, do Woody Allen: “Não fale mal de masturbação! É fazer sexo com uma pessoa que amo!”. Poderia citar frases do Monty Python, como: “Há alguma mulher aqui hoje?”. Monty Python tem um humor inigualável e inquestionável, na minha opinião.
Como isso aqui está extenso demais, vou fechar com Quentin Tarantino. Depois de Ellen dizer que matou Pai Mei, para Beatrix Kiddo, esta diz: “Sua vaca, você não tem futuro”. Puro ódio. Ninguém mata o Pai Mei e sai impune, minha cara. Tem a frase refletiva do Budd: “Essa mulher merece se vingar. E nós merecemos morrer. Mas, por outro, ela também merece”. E tem aquela dita pela personagem da Lucy Liu: “Era mesmo uma Hattori Hanzo”. Arrepiei.